O Corpo de Bombeiros de Bagé recebeu, ontem, a visita do bombeiro e paramédico brasileiro que atua nos EUA, Luis Gustavo dos Santos Leite, de 37 anos.
Segundo a capitã Sulenir Abreu Rosa, a visita motiva os servidores e também traz novas atuações e áreas de conhecimento. “Estamos lisonjeados com esta visita, é uma realidade nova, um momento de demonstrar que nosso serviço é internacional”, explica.
O bombeiro e paramédico, Luis Gustavo dos Santos Leite, atua desde os 17 anos como voluntário e, desde criança, sonhava em ser bombeiro. Ele é graduado em Ciências do Fogo pela Universidade de Virgínia e atua no Corpo de Bombeiros de Fort Belvoir Fire Department, na cidade de Fort Belvoir, em Virgínia. “Vim para os EUA com 10 anos de idade, mas desde que morava no Brasil, em Brasília, já tinha sonho de ser bombeiro. Com 17 anos comecei o trabalho como voluntário, depois fiz treinamento para paramédico e, então, fiquei seis meses em treinamento para o Corpo de Bombeiros”, conta.
Leite faz parte do Corpo de Bombeiros do governo federal americano e fez vários testes até ser oficialmente um servidor público dos EUA. “Fiquei três anos em treinamento até realmente ser oficial bombeiro. Amo minha profissão e somos uma família”, pontua.
Sobre o tema de família, o bombeiro norte-americano destaca que dentro de uma base de emergência moram as famílias e todos os servidores do serviço de segurança. “Moramos na base, cerca de 75 mil pessoas entre policiais, bombeiros e paramédicos, e as famílias convivem diariamente, sempre nos comunicamos. A jornada de trabalho é de 48 horas com folga de 72 horas, mas como em todo local somos bombeiros, é o nosso estilo de vida”, informa.
Leite também enfatiza que é um apaixonado pelo Brasil, acha o povo acolhedor. “Morei um ano em Bagé, com a minha tia, sou muito apegado a esta terra e a todos meus familiares. Vou às escolas lá e faço diversas palestras com crianças, todos querem ser bombeiros, somos admirados, é importante”, acrescenta.
11 DE SETEMBRO
O bombeiro americano ajudou no atentado de 11 de setembro de 2001, em Washington, quando os aviões colidiram nas Torres Gêmeas e também no Pentágono. “Na ocasião, eu era paramédico. Socorri vários fuzileiros e também pessoas, foi um dia muito triste e senti muita pena de toda tragédia. Aprendemos muito com isso e, hoje, os cuidados são muito maiores”, garante.
Gustavo Leite finalizou conversando com o pelotão de Bagé e informando que todos os bombeiros são uma família. “É uma profissão internacional, espero sempre ter essa família de bombeiros”, encerra.